Three challenges, three rationales
In sprawling territories, facing considerable problems of ecological fragmentation, urban dispersion and inefficient mobility, such as Lisbon’s, a metropolitan approach is needed to articulate various systems and to promote a better-balanced distribution of resources and opportunities. This is a fundamental scale to coherently shape synergic, continuous and connected networks, such as green infrastructure, transport and urban amenities. The same applies to public space: as a transcalar and multidimensional structural network, it offers the possibility to interconnect and integrate these fields in search for synergic responses to major emerging challenges:
1) resilience and environmental robustness
2) sustainable and low-carbon mobility
3) inclusion and territorial cohesion.
While acknowledging public space complexity, the project engages with three rationales associated with the sustainable and integrated use of land and territorial resources:
1) blue & green infrastructure, which is present in projects related with nature-based solutions, green corridors, waterfronts, flood management and water sensitive urban design, urban agriculture and climate change adaptation;
2) walkability & active mobility, promoted through projects concerned with transit-oriented development, the spatial integration of road infrastructure, and the promotion of accessible, walkable and cycle-friendly paths in the city together with traffic control and parking solutions;
3) neighborhoods connection & cohesion, as trigger of multifunctional projects, aimed at delivering urban amenities and promoting commercial vitality and social conviviality, especially but not only in economically deprived areas, social housing neighbourhoods, precarious settlements and around new local facilities.
The implementation of public space projects under these rationales requires a systemic and coherent approach which relates with other established networks (i.e. ecological, transport, urban facilities), considering it as an opportunity and a potential tool to improve responses, especially in metropolitan territories.
Três desafios, três perspetivas
Em territórios extensivos confrontados com problemas de fragmentação ecológica, dispersão urbana e mobilidade ineficiente, como é o caso da AML, é necessária uma visão metropolitana para articular vários sistemas e promover uma distribuição mais equilibrada de recursos e oportunidades. Esta escala é fundamental para estruturar coerentemente redes sinérgicas, contínuas e conectadas, como as de infraestrutura verde, transporte e equipamentos urbanos. O mesmo se aplica ao espaço público: como estrutura trans-escalar e multidimensional, possibilita a interligação e integração dessas redes, promovendo respostas sinérgicas a grandes desafios emergentes:
1) a resiliência e a robustez ambiental
2) a mobilidade sustentável e de baixo-carbono
3) a inclusão e a coesão territorial.
Embora reconhecendo a complexidade do espaço público, o projeto envolve três perspetivas associadas à utilização integrada e sustentável dos recursos territoriais:
1) infraestruturas azuis e verdes, que estão presentes em projetos relacionados com soluções baseadas na natureza, corredores verdes, frentes ribeirinhas, gestão de inundações, projeto urbano sensível à água, agricultura urbana e adaptação às alterações climáticas;
2) caminhabilidade e mobilidade ativa, promovidas através de projetos relacionados com o desenvolvimento orientado para o transporte (TOD), a integração espacial das infraestruturas ferro e rodoviárias e a promoção de percursos pedonais e cicláveis acessíveis, em articulação com o controlo de tráfego e soluções de estacionamento;
3) bairros conectados e coesos, como objetivo de projetos multifuncionais, direcionados para a oferta de infraestruturas e amenidades urbanas e para a promoção da vitalidade comercial e do convívio social, especialmente, mas não só, em zonas economicamente desfavorecidas, bairros de habitação social, assentamentos precários e áreas envolventes a novos equipamentos locais.
A implementação de projetos de espaço público ao abrigo destas racionalidades requer uma abordagem sistémica e coerente que se relacione com outras redes metropolitanas (nomeadamente ecológicas, de transporte, de equipamentos urbano), constituindo uma oportunidade e um instrumento potencial para melhor responder aos desafios atuais, em particular em territórios metropolitanos.